15/10/2021
A Igreja vive para difundir o Evangelho, para levar e testemunhar a Boa Nova da Alegria de Cristo ao mundo. Antes de subir ao céu, Nosso Senhor dá a todos os seus discípulos a missão: “Ide pelo mundo inteiro, anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). O campo de missão é o mundo, mas não é um mundo distante ou abstrato; está ao alcance da nossa vivência cotidiana. É em nosso dia a dia que somos chamados a sermos missionários.
O mês de agosto é dedicado às vocações, o de setembro à Bíblia e o de outubro às missões. Nesta tríade destes meses temáticos vivemos o percurso que os discípulos experimentaram com o Senhor; ele os chamou, instruiu na escuta da Palavra e os enviou. No mês de outubro, a Igreja dá ênfase e nos convida a refletir e celebrar uma importante dimensão de nossa fé, a qual todos nós, batizados, somos convidados a viver: a dimensão missionária.
Fé e vida não podem ser dissociadas, andam juntas. A liturgia, neste âmbito, tem um papel fundamental que nos ajuda a viver a nossa fé, pois ela é celebrada na liturgia. A fé celebrada é fonte de nossa missão. A liturgia é formadora de discípulos-missionários de Jesus Cristo, através de seus ritos e preces ela vai criando no coração, um ardor em anunciar as maravilhas do Reino de Deus. A liturgia é missionária por natureza, a partir dela que somos impulsionados a viver a missão.
Quando chegamos ao término de cada Celebração Eucarística e ouvimos o “Ide em Paz”, somos enviados por Jesus: é a missão que começa. É o mesmo “Ide” que Jesus disse antes de sua Ascensão. A Igreja é base da missão: partilhar a Palavra e celebrar juntos a Eucaristia nos torna mais fraternos e vai moldando o nosso coração ao de Cristo e nos faz cada vez mais missionários. Nosso coração arde e já não somos mais capazes de guardar a alegria do Evangelho somente para nós. A liturgia não esgota toda a ação da Igreja (SC, nº 9). Não podemos ficar presos em nossos muros. É necessário, é vital anunciar o Crucificado-Ressuscitado. A liturgia é o ambiente favorável que nos prepara para a missão.
Que nossas celebrações sejam de fato espaço propício para fazermos a mesma experiência que os discípulos fizeram em Emaús (cf. Lc 24,13-35) e delas possamos sair missionários entusiasmados pelo Senhor que nos envia a construir aqui o seu Reino de Justiça, Amor e Paz.
