25/08/2022
Em exatamente três meses a Arquidiocese de Porto Alegre celebrará a Ordenação Diaconal de quatro dos seus seminaristas maiores neste ano de 2022. No dia 25 de novembro, data que marca também a abertura do Ano Vocacional, os seminaristas Danton Pereira, Darlan Schwaab, Lucas Lacerda e Rodrigo Rubi receberão o primeiro grau do Sacramento da Ordem pelas mãos do arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler. A celebração será realizada na Catedral Metropolitana Mãe de Deus, a partir das 20h.
A Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Porto Alegre conversou com os quatro seminaristas, ocasião em que cada um pode partilhar a sua caminhada de fé, vivência na família, falar da decisão de ingressar no Seminário e do chamado de Deus para as suas vidas. Em breve as entrevistas serão publicadas nas plataformas de áudio da Arquidiocese. Confira:
Seminarista Danton Gabriel Pereira
Gaúcho de Viamão, o seminarista Danton Gabriel Pereira nasceu no dia 08 de outubro de 1995. Seus pais se chamam Élbio e Rosane. Danton tem dois irmãos – Lidiane, 37, e Peterson, 34. Sua paróquia de origem é a paróquia Santa Rita de Cássia, no município de Nova Santa Rita, na Grande Porto Alegre.
Quais são as suas primeiras lembranças de vivência na Igreja?
Danton Pereira – Minhas primeiras lembranças de Igreja são de quando fui morar com meus avós em Portão, na paróquia Nossa Senhora das Graças. Eu tinha 10 anos, época em que fiz a Primeira Comunhão. Estava aprendendo a tocar violão, minhas tias cantavam e o meu avô participava na comunidade. Alguns anos depois uma tia nos convidou para morar em Porto Alegre, bem próximo da Catedral Mãe de Deus. Ela trabalhava junto com minha mãe de vez em quando.
Como foi a experiência de participar da Catedral ainda na pré-adolescência?
Danton – Quando fiz 13 anos eu vim morar na capital. Diferente do interior há muitas Missas em Porto Alegre. Eventualmente ia na Catedral com minha mãe. Logo que cheguei percebi que era o único jovem por muitas vezes, mas eu ia de arrasto com ela, mas eu ia. Até que um seminarista me convidou para ser acólito. O Pe. Carlos Steffens, pároco na época e depois o Pe. Jacques, que o sucedeu, me motivaram muito para ajudar nas Missas.
Você foi convidado para ser acólito na Catedral. Conte como foi a experiência?
Danton – A cabeça que eu tinha na época era de que terminada a Missa íamos embora. Chegar na celebração e as pessoas saberem teu nome, se preocuparem contigo, perguntar dos estudos, era uma realidade completamente nova. Aí fui convidado para ser coroinha, acólito e aquilo me deixou muito feliz, pois me sentia útil, como se a Igreja precisasse de mim. Na época eu gostei tanto de ajudar na Missa que eu participava às 7h30 durante a semana. De tarde, eu saía correndo do colégio onde eu estudava, na rua Gen. Lima e Silva, bairro Cidade Baixa, para estar na celebração das 18h30.
Nesse período as pessoas viam que eu gostava de estar ali, de conversar, acolher as pessoas, e eu mesmo cogitava a possibilidade de entrar no Seminário. Na época tive a chance de conhecer Dom Dadeus Grings, aquilo me emocionou, era o arcebispo e ele conversava comigo, me fazia perguntavas. Também convivi com Dom Altamiro Rossato (1925-2013). Também neste tempo o Pe.Jacques foi importante, pois ele é muito comunicativo, acreditou na minha vocação, era muito motivador. Promovia a vocação entre os jovens. Saber que eu tinha um amigo que era padre foi um sentimento muito legal.
A sua família apoiou a decisão de ingressar no Seminário?
Danton – A reação da família e dos amigos foi bem diversa. Meu pai não acreditou muito, mas não barrou. A minha mãe que era a mais religiosa, mas tinha aquele sentimento de que não querer perder o filho. Na hora não caiu muito a ficha dela. Os meus irmãos apoiaram demais. Quando precisava ir nos encontros no Seminário o meu irmão me levava de moto. Ele era recém-casado, estava construíndo sua vida.
Quando fiz os primeiros encontros Kairós queria entrar de imediato, mas os padres falaram para ter calma. Fiz o Ensino Médio todo fora. Aí eu trabalhei em algumas empresas, conheci Porto Alegre, frequentava a paróquia com mais maturidade. Aos poucos fui amadurecendo a decisão de ingressar no Seminário. Foi jovem aprendiz em uma empresa de transporte internacional onde ficou um ano. Até hoje mantenho amizade com alguns colegas. Foi um tempo muito bom. Foi office boy num escritório de contabilidade por dois meses e depois conseguiu um outro emprego, era semelhante, mas chamavam de procurador júnior. Após entrar no Seminário foi que descobri que muitos dos meus colegas de trabalho eram Católicos e os encontrava na Igreja.
Quais sacerdotes marcaram a sua caminhada de fé na Igreja?
Danton – O Pe. Jacque e o Pe. Carlos. Cada um com seu carisma, ambos foram muito acolhedores. O Pe. Carlos me deu a minha primeira Bíblia, que guardo até hoje. Lembro com carinho do Pe. Sandro, Pe. Eduardo Delazeri, Dom Maurício (na época Pe. Maurício Jardim), Pe. João Moraes, com sua história de vida e testemunho bonito. O Pe. Maikel Herald, Pe. Rodrigo Wegner, Pe. Cláudio Castro e o Pe. Adilson Corrêa. Todos com quem trabalhei me marcaram de forma positiva de alguma forma, como os meus formadores no seminário de Gravataí, o Pe. José Antônio Heinzmann e o Pe. Lucas Matheus Mendes.
Você foi o organista da ordenação episcopal de Dom Maurício Jardim. Fale da sua relação com a música?
Danton – Aos 11 anos iniciei com o violão. Quando estava na Catedral tinha o harmônio. Achava muito legal ver ele sendo tocado na Missa. Aí contava as notas que fazia no violão e anotava. Aí começou o envolvimento com o órgão, tocava “Noite Feliz”, “Parabéns pra você”, bem manjado. Fui evoluindo e consegui tocar algumas músicas litúrgicas. Ninguém tinha percebido isso. Ao chegar no Seminário de Gravataí, um dos padres que residia lá era músico - Pe. José Flach, atual reitor do Seminário de Viamão, percebeu que eu tinha um ouvido mais sensível para a música. Aí ele me apresentou algo que nunca tinha visto na vida, uma partitura. Eu tocava de ouvido. Pegava a letra da música e tocava. Os salmos, a liturgia das horas, tocava lá no Seminário. Bem diferente foi a experiência de tocar na comunidade. Aí uma vez o Pe. Luciano Massulo, que era o nosso professor de Liturgia, disse que precisava de alguém para tocar na Missa do domingo à noite e mandou eu lá. Nunca tinha tocado órgão em uma Missa. E o órgão da paróquia São Pedro é super complexo. Não sabia nem ligar, nunca tinha visto um órgão com motor, compressor, puxar registros. Foi um horror. Aquela experiência me marcou. Fui estudar partitura, o seminário e alguns paroquianos da São Pedro me incentivaram a estudar música.
Paróquias onde o seminarista Danton realizou pastoral
Santa Rita de Cássia (paróquia de origem); Nossa Senhora da Boa Viagem (Cachoeirinha); Kairós (Promoção Vocacional); São João Maria Vianney (Viamão); Nossa Senhora Aparecida (Canoas); Senhor Bom Jesus (Porto Alegre); Santuário São Cristóvão (Canoas); Santa Hedviges (Alvorada)
Seminarista Darlan Heleno Schwaab
O seminarista Darlan Heleno Schwaab nasceu no dia 14 de abril de 1989, em Rio Branco (AC), mas ainda bebê sua família se mudou para Porto Alegre. Sua paróquia de origem é a São Vicente Mártir, no bairro Camaquã. Os pais se chamam José Darci e Noeli. Seus irmãos se chamam Neander e Juliano.
Quais são as suas primeiras lembranças de vivência na Igreja?
Darlan Schwaab – Quando a mãe fez o ECC (Encontro de Casais com Cristo) estava grávida de mim. Então até o ECC eu já fiz, só não lembro. Nasci em Rio Branco (AC), mas com menos de 1 ano de idade a família veio para Porto Alegre. Nos criamos na Zona Sul, nas paróquias Santa Luzia, São Martinho e São Vicente Mártir. Meu irmão mais velho, que tem 12 anos de diferença, foi convidado para fazer o CLJ (Curso de Liderança Juvenil), na paróquia São Vicente Mártir. A partir deste convite toda a família migrou para lá participando desta comunidade. O outro irmão também fez o CLJ, os pais se tornaram tios do CLJ. Eu fui coroinha, fiz a primeira comunhão, também na São Vicente Mártir.
Foi no CLJ que ouvi falar pela primeira vez na palavra “Vocação''. Foi algo que me interessou e fui atrás. Ainda era muito novo, mas, mesmo assim, participei dos encontros Kairós no Seminário. Eu sempre fui um adolescente inquieto, com muitas perguntas. Naquela ocasião achei muito “light”, estava lá sozinho. Ai mobilizei um grupo de amigos, meu pai alugou uma Van e fomos todos para o Kairós. Acabou que meus amigos seguiram nos encontros e eu parei. Só fui entrar no Seminário dez anos depois.
Você concluiu o Ensino Médio e cursou jornalismo. Como foi este tempo?
Darlan – Após a conclusão do Ensino Médio ingressei na faculdade de Jornalismo, na Unisinos, e segui vivenciando a espiritualidade na paróquia. Participava das pastorais, fiz Emaús, dei catequese, também me encontrei na Música. Trabalhei em assessorias de Imprensa de órgãos públicos e, no ano de 2013, consegui ingressar no jornal Zero Hora, onde estagiei no Segundo Caderno, focado em Cultura. Justamente neste tempo, quando estava bem e feliz, ainda não era aquilo que preenchia o meu coração. A Direção Espiritual foi fundamental para o discernimento da vocação e a tomada de decisão de entrar no Seminário. O sacerdócio não estava exatamente na minha cara, antes inclusive tive um namoro que durou bastante tempo, mas ao conversar com o Diretor Espiritual, fui encaminhado para fazer a experiência.
Como foi a reação de sua família e amigos a decisão de entrar no Seminário?
Darlan – Minha mãe foi a primeira a receber a novidade da minha decisão de ingressar no Seminário. Ela chorou de emoção. É uma pessoa muito piedosa, que sempre procurou levar a família para a Igreja. Meu pai foi um pouco mais fechado, até determinado momento. Concordou que eu fizesse a experiência. Com meus irmãos a experiência é curiosa. Um é ateu, foi um pouco cético, mas foi ele quem mais me visitou no Seminário. O outro irmão acolheu e entendeu. Meus amigos mais próximos acharam que era loucura, que não duraria. Falaram até em fazer um bolão para ver quando o Darlan sairia do Seminário. Graças a Deus ninguém ganhou.
Quais padres marcaram sua caminhada de fé?
Darlan – O Pe. Douglas Gonçalves, que já deixou o ministério; Pe. Miguel Martins Costa (pároco na São Martinho); Pe. Miguel Gomez (do México); Pe. Lucas Matheus Mendes (pároco na Nossa Senhora das Dores); Pe. Eduardo Santos (está no Canadá); Pe. Edilon Rosales (pároco na São Vicente Pai dos Pobres); Pe. Kaue Antoniolli (pároco na Senhor Bom Jesus).
Paróquias onde o seminarista Darlan realizou Pastoral -
Paróquia São Vicente Mártir (paróquia de origem); Jesus Divino Mestre (Porto Alegre); Santuário Nossa Senhora dos Navegantes (Porto Alegre); Nossa Senhora da Conceição (Viamão); Equipe Kairós (Promoção Vocacional); Santuário Santa Rita de Cássia (Porto Alegre); Diocese de Xingu-Altamira (projeto igrejas-irmãs)
Seminarista Lucas Silva de Lacerda
O seminarista Lucas Lacerda nasceu em Esteio no dia 09 de novembro de 1993. Ele cresceu em Cachoeirinha e a sua paróquia de origem é a Santa Luzia. Os seus pais se chamam Teresinha e José Antônio. Lucas é o caçula e tem dois irmãos - Diogo e Thaís.
Quais as suas primeiras lembranças de participar da vida da Igreja?
Lucas Lacerda – Os meus pais são muito religiosos, nossa família lotava um banco inteiro da paróquia. Lembro disso, de rezar o terço em família, no quarto dos pais. Desde pequeno os pais participavam do Movimento de Schoenstatt. Quando a mãe estava grávida de mim eu fui consagrado a Nossa Senhora.
Em 2005, quando tinha 11 anos, o falecimento de São João Paulo II me marcou muito. “Lembro do dia 2 de abril, minha mãe chorando dizendo ‘eu gostava desse Papa’. Quis saber mais da sua história, da sua doação até o último momento pela Igreja, quando era visível que não tinha mais forças físicas. Seu exemplo me impressionou muito a ponto de querer imitá-lo.
A partir deste momento aceitei o serviço de ser coroinha e ajudar o padre na paróquia, na Comunidade Santa Clara da paróquia Divino Espírito Santo, que foi desmembrada da Santa Luzia. Em 2007 participei pela primeira vez de um encontro Kairós.
Na adolescência você teve uma experiência de fé fora de Porto Alegre. Como foi este tempo?
Lucas – Ainda adolescente conheci outras realidades da Igreja, antes era só o padre da paróquia. Conheci também em 2007 os padres jesuítas, pois houve um grande evento da Igreja naquele ano. Fiz um encontro vocacional lá, gostei. Fiz acompanhamento vocacional durante todo o Ensino Médio junto à Companhia de Jesus (Jesuítas). Morei um tempo em Campinas, fiz o noviciado, aprofundei o carisma, mas tinha no meu coração o chamado do padre diocesano. O carisma primeiro dos Jesuítas não é assumir paróquia. Aí decidi voltar para casa.
Como foi a reação da sua família a esta vontade de seguir uma caminhada na Igreja?
Lucas – Logo em 2005 nas primeiras vezes que falei que queria ser padre achavam que era brincadeira. Eu brincava de rezar missa, assim como brincava de ser professor. Mas a brincadeira seguiu e a família foi vendo que tinha algo ali. Tive o apoio para seguir o caminho no Seminário. Eles ficaram preocupados quando fui para São Paulo, em razão da distância. Me perguntaram por que não ser padre mais próximo? Aí quando voltei eles ficaram bem felizes.
No colégio era o único que falava em ser padre. No Kairós, fiquei deslumbrado, pois foi a primeira vez que vi jovens falando das coisas que eu falava. Na época me sentia um pouco peixe fora d 'água. No Kairós me senti compreendido. Meu círculo mais próximo foi entendendo e apoiou, falando até que iam esperar eu ser padre para casar. Ainda mantenho contato com alguns deles.
Além do sacerdócio pensava em ser professor de história. Gostava muito das cadeiras de História da Igreja. Um dia ainda gostaria de fazer Psicologia. Saí dos Jesuítas em 2012 e ingressei no Seminário em 2014. Fez novamente o Kairós em 2013.
Quais sacerdotes marcaram sua caminhada?
Lucas – Padres: Heitor Morschel, que me acolheu no retorno dos Jesuítas; Pe. Cláudio Castro; Jacques Rodrigues (diretor espiritual); padres com os quais fiz pastoral e colegas de seminário que hoje já são padres como o Pe. Davi Dietrich e Pe. Gilberto Pacheco.
Paróquias onde o seminarista Lucas Lacerda fez a Pastoral
Santa Luzia (Cachoeirinha); São Manoel (Porto Alegre); Senhor Bom Jesus (Porto Alegre); Nossa Senhora dos Navegantes (Charqueadas); São Vicente de Paulo (Cachoeirinha); Kairós (Promoção Vocacional); Nossa Senhora Aparecida (Canoas); Santa Bárbara (Arroio dos Ratos).
Seminarista Rodrigo Barroso Spehr Rubi
O seminarista Rodrigo Barroso Spehr Rubi nasceu no dia 21 de janeiro de 1996, em Canoas, na Grande Porto Alegre. Filho de Vilnei Spehr Rubi e Filomena Maria Barroso Gomes, tem um irmão, Douglas, e um sobrinho, do qual é padrinho de batismo. Sua paróquia de origem é o Santuário São Cristóvão, no bairro Igara, em Canoas.
Quais suas primeiras recordações dentro da Igreja?
Rodrigo Rubi – Minha avó paterna é alemã. Veio para o Brasil após a Segunda Guerra Mundial. O meu pai conheceu a mãe no Piauí em razão de seu trabalho como motorista de caminhão. Meus padrinhos de batismo – João e Gerda Machado – foram fundamentais na caminhada de fé, pois eles encaminharam o Batismo e as vivências na Igreja. Me chamou muito a atenção a vida comunitária. Participei intensamente da vida paroquial quando criança, no movimento Girassol, no Onda, ao receber os sacramentos da Eucaristia e a Crisma, depois no CLJ.
A figura do padre sempre me chamou a atenção. A sua importância como referência na comunidade, por despertar nas pessoas o sentida da vida. Estar próximo das pessoas, quando eu era coroinha, quando colocava a túnica, imaginava se um dia pudesse ser padre. Nos testes vocacionais inclusive davam como resultado ou professor ou padre, pois eram ambientes em que estavam muito envolvido com as pessoas.
Como foi a reação de sua família e amigos quando você comunicou que gostaria de ingressar no Seminário?
Rodrigo – Meus amigos sempre falavam que eu estava sempre na escola ou na Igreja, tinha uma implicância, mas nunca dei importância. Na caminhada ao ingressar no Seminário não gerou muita surpresa, era algo até esperado, já me viam fazendo esta opção de vida.
Na família não foi motivo de grande surpresa minha decisão. Apesar dos meus pais não terem vivido comigo esta realidade da Igreja, às vezes eu iá sozinho ou com os vizinhos, mas eles sempre me apoiaram sem acompanhar diretamente. A entrada no Seminário ocorreu em 2013, estava muito envolvido com as atividades da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro. Meu irmão apoiou totalmente a decisão, pois acompanhou a questão dos sacramentos, por ser três anos mais velho.
Fale um pouco do seu envolvimento com a música. Você foi o regente da ordenação episcopal de Dom Maurício Jardim.
Rodrigo – Padre Maurício Jardim foi diretor espiritual no propedêutico em 2014. Seu testemunho de felicidade, de estar realizado com a sua vocação chamou muito a atenção. Depois de 13 anos ter uma ordenação episcopal na Arquidiocese e estar presente neste momento tem sido uma experiência importante ao participar das reuniões, do convívio.
A música faz parte do meu despertar para a vocação, bem antes de entrar no Seminário. Minha avó influenciou, pois cultivava nos momentos de convívio a música. Ela me ensinou a cantar músicas de criança, tanto em português como em alemão. Na Igreja, a organista manifestou o sonho de ter um jovem que cantasse salmos na Missa. Ela me convidou e eu fui. A professora se chama Maria Zenobia e eu ensaiava na casa dela. Comecei com os salmos, depois o canto. Ela dizia que eu precisava trabalhar mais este talento. Sugeriu que eu aprendesse a tocar piano. Logo no início da formação tive a chance de estudar no antigo Celmu. Dois anos de especialização na técnica vocal e regência de coros. Desde então me coloco à serviço.
Quais padres marcaram a sua caminhada de fé?
Rodrigo – O padre Santo Lorenzato, que me batizou. Ele ficou 33 anos na São Cristóvão. O Pe. Miguel Faleiro (Nossa Senhora dos Navegantes de Charqueadas), Pe. Vanderlei Bock (Santa Cecília), Pe. Adilson Kunzler (Nossa Senhora da Conceição de Sapucaia do Sul), pela experiência da confissão e da misericórdia. O Padre Luciano Massulo (São Pedro) na área da Liturgia. Não posso deixar de mencionar o Pe. Charles Kermaunar, pois caminhamos juntos no Santuário São Cristóvão desde a adolescência.
Tive a graça de passar pelos quatro vicariatos. Agora estou em Charqueadas, que tem uma história riquíssima. A matriz e mais nove comunidades. Uma experiência verdadeiramente pastoral, inserida na realidade das pessoas. A paróquia é bem ativa, que está proporcionando me formar como pastor conforme o Coração de Jesus. A experiência na Pastoral Carcerária também me ensinou muito.
Paróquias onde o seminarista Rodrigo Rubi fez Pastoral
Santuário São Cristóvão (paróquia de origem); São Pedro (Porto Alegre); Nossa Senhora da Conceição (Porto Alegre); Santuário Nossa Senhora dos Navegantes (Porto Alegre); Rede de Comunidades Santa Cruz - (Viamão); Imaculado Coração de Maria (Esteio); Kairós (Promoção Vocacional); Nossa Senhora de Salete (Porto Alegre); Nossa Senhora dos Navegantes (Charqueadas).