23/03/2022
O tempo da Quaresma, ainda marcado pela pandemia do Coronavírus, convida à reflexão sobre aspectos da vida cristã. A Palavra do Senhor diariamente lida, meditada, refletida e rezada vivifica os discípulos do Crucificado-Ressuscitado, isto é, proporciona vida aos que a acolhem, tornando-se carne da própria carne, vida na própria vida. A intimidade com a Palavra Sagrada é algo que caracteriza a identidade cristã; fundamental para cultivar a vida em Cristo!
O processo de conversão que o discípulo é convidado a assumir de forma vigorosa durante este tempo, implica maior abertura à graça, mas também o compromisso de mais intensamente buscar “fazer próprios os sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2,5). Não se pode esquecer que o cristianismo é um modo de viver, é viver em Cristo, é ação, compromisso e transformação.
Os cristãos, empenhados em testemunhar a fé, sabem que o cotidiano é marcado por pequenas e grandes decisões que empenham o sentido da vida e da dignidade humana, que comprometem o próprio futuro e dos demais, que envolvem a justiça, o direito e a liberdade. Isto exige o cultivo do discernimento, que implica compreender o que está em questão, deixar-se iluminar pela Palavra de Deus, capacidade de rezar o que está em jogo e dialogar com quem se sente envolvido.
Certamente a questão da fraternidade e da educação exige dos cristãos coragem e determinação para, iluminados pela fé em Jesus, mestre e educador, construir itinerários pedagógico-educativos, caminho para promover a fraternidade a partir da força transformadora do Evangelho.
A Campanha da Fraternidade 2022 tem como objetivo promover uma forte evangelização em torno do tema “Fraternidade e Educação”, pois trata de uma temática fundamental para o futuro da nação e o desenvolvimento humano integral. É decisivo para a construção de uma nação mais justa e fraterna, que adolescentes e jovens possam ter acesso à educação integral qualificada.
A ação evangelizadora da Campanha da Fraternidade 2022 vivida intensamente nos diversos setores da sociedade repercutirá na Liturgia não só quaresmal, mas ao longo do ano litúrgico, pois o que está em questão precisa ser também celebrado e rezado comunitariamente.