21/10/2024
Está se realizado, em Roma, a segunda sessão do Sínodo dos Bispos, cujo tema é “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão”. São dias de oração, reflexão, diálogo entre irmãos e irmãs com o objetivo de encontrar indicações viáveis para que a Igreja continue respondendo ao mandato do Senhor de ir pelo mundo e anunciar o Evangelho a toda criatura. Ao longo dos séculos a Igreja sempre buscou responder às características do tempo de acordo com os desafios e as necessidades que se lhe apresentavam. Não faltaram preocupações, tensões e incompreensões! O mesmo acontece hoje!
Trata-se sempre de um caminho eclesial que precisa ser percorrido. Este caminho se realiza em espírito de oração e devoção, num espaço de escuta e diálogo, atentos ao que o Espírito pede à Igreja neste momento da história, “com o olhar voltado para o mundo, porque a comunidade cristã está sempre ao serviço da humanidade, para anunciar a todos a alegria do Evangelho” (Papa Francisco). É que os discípulos de Jesus Cristo são exortados a sempre e de novo, isto é, a sempre e de forma nova comunicar a todos a promessa e o convite d’Ele, guardados na tradição viva da Igreja, de reconhecer a presença do Ressuscitado em seu meio e de acolher os múltiplos frutos da ação do seu Espírito.
Ao longo da história não faltaram homens e mulheres que souberam atuar na própria vida, o que o Senhor continua pedindo à Igreja: ser sal da terra e luz do mundo! É o que animava – e continua animando! – o cotidiano dos Missionários e Missionárias da Consolata, cujo fundador, São José Allamano, foi canonizado neste domingo, 20 de outubro, pelo Papa Francisco. Eles são uma presença histórica e vigorosa no território amazônico junto aos povos originários, vítimas da ganância de alguns, do desrespeito por suas culturas e tradições e não raramente falta da necessária atenção e cuidado por parte do Estado.
O milagre realizado por meio da invocação de José Allamano, fez com que a Igreja reconhecesse e proclamasse sua santidade. Vale destacar que o mesmo aconteceu em favor de um indígena que vive no território amazônico.
O Papa Francisco, ao final da Celebração Eucarística e canonização de José Allamano, disse: “Faço apelo às autoridades políticas e civis, a fim que assegurem proteção aos povos originários e seus direitos fundamentais, contra toda forma de exploração de sua dignidade e de seus territórios”.
Trata-se de indicações e sinais fortes de uma Igreja missionária que se empenha em testemunhar e anunciar o Evangelho, servir com criatividade a todos, mantendo-se firme também em meio a incompreensões, desejosa de ser fiel ao seu Senhor e Mestre.