29/06/2022
A Igreja, na sua constituição, tem como referência as figuras de Pedro e Paulo. São personagens históricos, com personalidades distintas e estilos diferentes. Pedro, um pescador da região da Galileia, chamado e escolhido por Jesus, para fazer parte do grupo da primeira hora. Paulo, um judeu convicto de sua pertença religiosa, mas que, num momento específico de sua existência, se sentiu transformado completamente por uma experiência característica de encontro com o Senhor. Algo uniu estes homens de forma peculiar: o seguimento de Jesus Cristo. Como fiéis discípulos, se tornaram missionários do “homem que passou fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo diabo” (At 10,38) e “ele fez tudo bem” (Mc 7, 37). Esforçaram-se para imitá-lo não só na vida, mas também na morte. Há uma complementariedade que os distingue: a responsabilidade institucional e a criatividade missionária! Ambos atualizam uma indicação preciosa para a Igreja: para além das diferenças que marcam a dinamicidade, diversidade, complexidade e pluralidade da sociedade contemporânea, são referências na promoção de comunhão e de unidade.
Pedro é reconhecido como o primeiro bispo de Roma e pastor da Igreja universal. Paulo foi corajoso empreendedor, inflamado missionário, intrépido defensor e anunciador do Evangelho, mestre e doutor das nações. Eles são referenciais exemplares! Inspirada e orientada por ambos, a Igreja vai trilhando seu caminho ao longo dos milênios, consciente da necessidade de anunciar e promover a implantação do Reino de Deus anunciado por Jesus. Ela se empenha em combater o bom combate, isto é, anunciar e testemunhar o Evangelho, lutar pela justiça e a verdade em meio a deformações, contradições, explorações desavergonhadas e abusos.
Pedro e Paulo, corifeus da fé cristã, expressam o vigor da vida e do testemunho evangélico como caminho para a promoção e construção da comunhão e da unidade no seio não só da Igreja, mas também de toda a sociedade.