02/01/2025
SANTUÁRIO NACIONAL – SOLENIDADE DA MÃE DE DEUS
“Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José e o Recém-nascido”...
Os pastores que vão depressa, são modelos de fé. É a fé destas homens que os leva rapidamente à descoberta daquele que já veio! Os pastores acreditaram no que lhes havia sido dito. Eles acreditaram e viram. Por isso, agora anunciam a todos os que encontram, o que viram! Eles se tornam missionários daquilo que viram: o Menino, o recém-nascido, o filho de Maria e de José.
Os pastores ouviram e acreditaram, então viram aquele de que ouviram! Se tornaram, pois, mensageiro, anunciadores dessa alegria que é para todo o povo: “nasceu para nós o Salvador, que é Cristo Senhor”!
Quem viu a razão da grande alegria, leva aos outros, anuncia o que viu, para que por meio da escuta, muitos possam chegar à visão, cooperando também estes para levar este mesmo anúncio até os confins da terra (At 1,8).
Os que ouviram os pastores ficaram admirados! A admiração é o primeiro passo para que o coração se abra! Corações abertos sabem discernir, perceber e acolher o verdadeiramente novo.
E Maria “guardava esses fatos e meditava sobre eles em seu coração! Maria é mãe! Podemos certamente imaginar a surpresa desta mulher acompanhando e vendo o que se dizia do Menino; recebendo visitas de pessoas que desejam ver o Recém-nascido! Maria guardava o que ouvia consigo, como um tesouro a ser conservado; ela confronta, medita, discerne, reza e encontra...
Também nós somos sempre e de novo, isto é, sempre e deforma nova, convidados a ir ao encontro do Menino que já veio. Como peregrinos de esperança somos exortados a testemunhar e a anunciar Jesus, ‘nascido de mulher, nascido sujeito à lei’.
O jeito de ser de Maria – e também de José! – pode nos inspirar a fazer deste tempo novo que se inaugura um tempo de paz, de solidariedade, de esperança. A exemplo de Maria e José, somos convidados a fugir de toda superficialidade na vida cotidiana; a procurar levar uma vida digna do batismo que nos fez irmãos e irmãs, desejosos de ser, também nós, como Maria, moradas do Altíssimo.
Jesus é nossa Paz! Quanto necessitamos de paz! Sabemos de situações marcadas por conflitos diversos! A confusão gerada intencionalmente pela desinformação; a escandalosa desigualdade social; as consequências da indústria de drogas, das facções, do crime organizado, das milícias, da degradação da Casa Comum com consequências que já estamos experimentando...
O Ano Jubilar é oportunidade privilegiada para recordar a todos que os bens da terra não se destinam apenas a alguns poucos, mas a todos.
Recentemente, nós do Rio Grande do Sul, fomos atingidos por uma tragédia climática que produziu muita destruição e morte. Fomos, contudo, testemunhas de uma onda de solidariedade talvez nunca vista em nosso Brasil. A tragédia fez vir fora o melhor de uma multidão! Pessoas simples, comunidades, paróquias, dioceses, empresas, empresários, profissionais dos diversos âmbitos da sociedade... Tal onda foi um sinal de que entre nós existem pessoas boas demais. Este jeito de ser, de cuidar uns dos outros, nós não podemos perder. Ao contrário! Precisamos crescer! É sinal de que existe esperança! Esperança para os jovens, para os pobres, para os idosos! O Papa nos pede para ‘esperançar’ o nosso povo.
Como peregrinos de esperança, levemos esperança a todos! Na oração da Salve Rainha, dirigindo-nos a Nossa Senhora, a Maria, nós cantamos: “ESPERANÇA NOSSA, SALVE”.
Aqui, no Santuário Nacional, casa da Mãe, neste primeiro dia do novo ano civil de 2025, em sintonia com todos que nos acompanham pelos meios de comunicação, pelas redes sociais, podemos certamente pedir com as palavras do salmista:
“Que Deus nos dê a sua graça e a sua benção, e sua face resplandeça sobre nós, nossas famílias, nossas comunidades, o nosso Brasil!
E a ti individualmente invocar a benção para todo o novo ano:
O Senhor te abençoe e te guarde!
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti!
O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!