18/04/2023
O bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre Dom Adilson Pedro Busin, que exerce o cargo de secretário-geral da presidência do Regional Sul 3 da CNBB, avaliou o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos (2019-2023). Na quarta-feira tem início a 60ª Assembleia Geral, em Aparecida do Norte (SP), que elegerá os novos membros da presidência da CNBB bem como dos regionais. Confira a entrevista produzida pela equipe de comunicação do Regional Sul 3 da CNBB.
Quais os maiores desafios e alegrias em ser Secretário da Presidência do Regional durante este quadriênio?
Dom Adilson Pedro Busin – As alegrias, começamos por elas. Como secretário, eu acho que a partilha fraterna é sempre destaque grande. A fraternidade entre os bispos e a franqueza também. Temos diferentes pontos de vistas inclusive, diferentes no sentido de pensamento, que é justo que seja, mas esse espírito fraterno é de acolhida uns aos outros. Destaco ainda a alegria dos reencontros, a fraternidade, a franqueza e a cordialidade nesse caminho de Igreja.
Ainda nesta questão estão os desafios. O desafio maior que eu vejo é muitas vezes o exercício da escuta. Tentar entrar no espírito da escuta e na preocupação, ou até na angústia ou sofrimento do outro co-irmão. Por isso ressalto a importância de sempre buscar se dar atenção para quem está falando naquele momento.
Por fim, o grande desafio que eu vejo como secretário é o de retomarmos as pautas, sobretudo daqueles pontos que nós temos muitos desafios. Por exemplo a juventude, a pauta da educação e o olhar atento às nossas comunidades. Quem sabe nós pudéssemos, em nossos encontros, nos concentrar mais em alguns pontos urgentes e deixar outros para um próximo momento. Ou seja, a gente não querer abraçar tudo e de repente não conseguir dar respostas adequadas.
O Senhor também é Bispo Referencial da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial no Regional. Neste sentido, como avalias o desenvolvimento do Pilar da Ação Missionária proposto pela DGAE neste quadriênio?
Dom Adilson Pedro Busin – Primeiro preciso dizer da alegria do nosso Regional. Não obstante a pandemia e o sofrimento para encontrar recursos e pessoas, Deus tem abençoado quer um aspecto, quer outro, em nossa Missão em Moçambique. Tanto a parte da sustentabilidade da missão lá, com os recursos das nossas coletas e da nossa campanha, como também em relação aos missionários. No momento nós temos bastante gente disponível, tanto no laicato, como também no meio dos sacerdotes, das dioceses. Então primeiramente o sentimento é de gratidão.
Em segundo lugar, como regional, nos alegramos com os projetos Igrejas Irmãs de algumas dioceses de nosso Estado, especialmente com a Diocese de Montenegro que iniciou o seu projeto recentemente. Mas, ainda, diante do Programa Missionário Nacional, ficam alguns desafios e o mais importante deles é o de fortificarmos os conselhos missionários diocesanos para realmente manter o espírito missionário dentro das nossas Igrejas Locais. O desafio é de garantirmos sempre a animação missionária dentro das nossas paróquias e dos nossos conselhos de pastoral das nossas dioceses.
Por fim, ressalto ainda o desafio da animação da juventude missionária, que parece ter esfriado com a pandemia. Em relação a IAM (Infância e Adolescência Missionária) conseguimos perceber melhor esta retomada, mas para a juventude ainda precisamos uma melhor articulação, com a pastoral da animação vocacional e outros grupos de jovens de nosso regional.
Confira a entrevista completa no link: https://cnbbsul3.org.br/presidencia-2019-2023-dom-adilson-busin-e-o-segundo-entrevistado-e-avalia-quadrienio/