Ordenação sacerdotal do diácono Artur Rossi será celebrada no dia 14

07/06/2024

Ordenação sacerdotal do diácono Artur Rossi será celebrada no dia 14

A Arquidiocese de Porto Alegre dá seguimento a ordenação sacerdotal dos diáconos da turma de 2024. A paróquia Menino Jesus de Praga, na zona sul de Porto Alegre,  acolherá a comunidade para celebrar o ingresso ao ministério ordenado do candidato Artur Rossi Gugel, 28 anos, no dia 14 de junho. O arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, preside a Santa Missa, que tem início às 20h.

 

Confira entrevista com o diácono Artur

 

Quais são as suas primeiras lembranças de vivência na Igreja?

 

Diácono Artur - Recordo dos momentos de oração em família, a noite antes de dormir. Lembro que minha vó me deu de presente de aniversário um terço (o tenho até hoje) e com ela aprendi a rezá-lo. Como meus pais trabalhavam, durante o dia ficava com minha vó, e com ela participava da Legião de Maria na Capela Santa Luzia. Mas, um momento é realmente significativo para mim, quando tinha uns 7 ou 8 anos, eu não parava de querer conversar durante a vigília na quinta-feira santa; minha vó me olha, aponta para o santíssimo e diz: “ali na frente é Jesus, conversa com Ele!”.  Recordo que sempre gostei de ir à missa aos domingos pela manhã na capela. Principalmente durante a catequese, quando sempre estava envolvido, seja fazendo uma leitura ou as preces. Tenho a bela lembrança dos padres sempre estarem na porta da igreja acolhendo a todos com grande alegria.

 

A sua família apoiou a decisão de ingressar no Seminário?

 

Diácono Artur - No início foi preciso ter paciência e esperar o tempo para que compreendessem o Chamado que Deus fazia em minha vida. Compreender que tudo muda com o sim dado a Ele exige fé e paciência, e essas exigem tempo para aceitar e amar essa vontade divina. Temos sonhos e projetos, por isso é preciso ter paciência para discernir e compreender que o sonho de Deus para nossas vidas é muito melhor que os nossos. Mas, mesmo com a negativa inicial, minha família me apoiou e incentivou para seguir o caminho proposto por Deus. Hoje, graças a Ele, estão muito animados comigo e sei que rezam por mim!

 

Como foi a reação dos amigos à decisão de entrar no Seminário?

 

Diácono Artur - Foram de alegria, entusiasmo e apoio quando decidi entrar para o seminário. Lembro que optei por não contar para muitos de início, pra ser um caminho bem pensado e rezado por mim.  Mas, quanto contava vinham palavras de apoio e motivação, e principalmente o “vou rezar por ti!”, que é essencial nesse caminho de discernimento. Recordo que um dos meus amigos, quando contei, disse: “até que enfim! Sempre que rezava a oração pelas vocações pensava em ti”.

 

Quais lembranças mais marcantes do período na Filosofia e Teologia?

 

Diácono Artur - Recordo com alegria da nossa chegada no seminário de Viamão, quando fomos recebidos pelos demais colegas para uma semana de “estágio”. Foram dias interessantes de convivência, conhecimento, partilha, estudo e oração. Fomos introduzidos na comunidade com fraternidade e alegria. As aulas de filosofia com o Prof. Pe Pivatto (antropologia) e do Prof. Roberto Pich (história da filosofia) pelos assuntos passados de forma simples, mas de forma profunda. Das de teologia, recordo com imensa satisfação das aulas de história da igreja (Pe. Eduardo Moesch), Revelação (Pe. Geraldo Hackmann), Eclesiologia e Liturgia.

 

É impossível não recordar, dos momentos de dúvida e crise ao longo do caminho, e como é belo ver que Deus nos acompanha todos os dias, seja nos momentos bons ou nos momentos mais duros. Recordo com grande alegria dos irmãos e amigos que Deus nos dá ao longo desse caminho: as partilhas de vida, a convivência, o apoio e suporte mútuo, o incentivo e correções. São essas amizades que nos mantém voltados para a meta, que é o próprio Senhor e seguir fortalecidos no caminho de discipulado.

 

Mas, recordo com tristeza e saudade os falecimentos de dois colegas em 2019. O Luis Henrique (colega desde o propedêutico 2015) e o Pedro Flores (colega a partir da filosofia em 2017). Foi um momento duro e doído, mas de confiança em Deus e na sua Misericórdia. O período da pandemia foi outro momento duro e triste. Deixarmos de ir para as pastorais, o necessário tempo de reclusão, a incerteza é preocupação com familiares, amigos e paroquianos nos angustiava. Mas, como Deus não nos abandona e tudo provê, foi ao mesmo tempo um período rico e profundo para a vida fraterna da comunidade. Conseguimos viver melhor a comunidade do seminário, recordo especialmente da celebração da Páscoa em 2020, vivida profundamente.

 

As Paróquias de pastoral, pelas quais passei durante esses anos, onde fui muito bem acolhido por todos. Cada paróquia com sua característica próprias, dificuldades e forças, mas em todas essas comunidades aprendi e cresci na consciência do que é ser igreja, o que é ser comunidade! Em cada paróquia, aprendi um pouco de cada uma, como ser para bem amar e servir. Recordo com grande estima todos os padres com os quais trabalhei e os padres formadores, que me ajudaram nesse caminho de discipulado e configuração ao Cristo Bom Pastor. Gratidão por todo tempo partilhado!

 

Quais sacerdotes marcaram a sua caminhada de fé na Igreja?

 

Diácono Artur 

Pe Cirineu Furlanetto (meu pároco quando entrei no seminário e grande amigo)

Pe Edson Stein

Pe Luiz Maria de Barros

Pe Kaue Pires

Pe Silmar Possa

Frei Adriano, OFM  – já falecido

Mons. Irineo Flach – já falecido

 

Paróquias onde realizou pastoral?

 

2016 Paróquia Nossa Senhora das Graças (Gravataí)

2017 Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Sapucaia do Sul)

2018-2019 Serviço de Animação Vocacional - Equipe Kairós

2020 Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem – Cachoeirinha (dois finais de semana, depois veio a pandemia)

2020-2021 Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Gravataí)

2022 Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Minas do Leão)

2023 Paróquia Santa Hedviges (Alvorada)

2024 Paróquia Divino Espírito Santo (Cachoeirinha)

 

 



Autor:
Ascom

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