19/12/2023
Existem virtudes importantes que nos ajudam na “espera do acontecer”. Quando criados a sua imagem e semelhança, elas estavam presentes pelo amor do Criador a nós. São elas: fé, esperança e caridade. A esperança manifesta boas expectativas que nos impulsionam, nos motivam a acreditar em dias melhores.
Mas é fato que essa virtude, esse sentimento não é fácil de ser mantido, mesmo, porque passamos por inúmeras experiências, algumas, por vezes, difíceis na vida e é natural, portanto, diante das novas vivências, sobretudo de um novo tempo – novo ano – sentir medo, insegurança ou alegrar-se com a capacidade de gerir mudanças.
Na prática, quer dizer que diante de uma adversidade ou desafio, buscamos na interioridade a força de converter-nos e mudarmos com intuição e inspiração divina, tão necessária em nosso comportamento. “Por isso, não desanimamos. Mesmo que o nosso exterior vá se arruinando, o nosso interior, pelo contrário, se renova a cada dia”. (2Cor 4,16).
Contudo essa virtude da esperança, como as outras, é necessária e imprescindível ao desenvolvimento integral humano. Necessitamos de discernimento praticando a justiça em tudo que fazemos pela fé e tenhamos a capacidade de transformar as realidades deprimidas e insensíveis em atitudes criativas e lúdicas, que trazem à superfície o sentido raiz de nossa existência.
Quando sentimos e queremos viver com vontade, tudo tem um jeito; não há nada perdido ou sem sentido. Neste tempo de espera, exercitemos com maturidade o amor que nos faz ser mais fraternos e solidários, como fonte de realização e aperfeiçoamento da criação e do bem comum. Que a esperança estimule nosso acreditar, participar, perdoar, amar e celebrar o Natal e o encantamento por aquilo que existe de melhor em todos nós: a Vida. Portanto, “A vida deveria ser bem melhor e será. Mas isso não impede que eu repita; É bonita!” (Gonzaguinha).