22/12/2023
Natal! Termo que remete a inúmeros símbolos: velas, luzes, ornamentos, presépio, árvore; recorda proximidade, familiaridade, intimidade, amizades... Recorda diversos personagens: José, Maria, anjos, pastores, magos, animais, criança. Tais símbolos e personagens marcam uma experiência de fé, falam ao humano, apontam para a dimensão do mistério.
Natal é celebração e narração do mistério! Mistério de amor, ilustrando o encontro do divino e do humano, entre o céu e a terra. Natal é mistério pro-vocante, pois sempre evoca e convoca. No centro esplandece a candura, a singeleza, a simplicidade de uma criança.
Natal é convite a alargar o olhar, e permitir que o Mistério se imponha! “O homem que não tem os olhos abertos para o Mistério passará pela vida sem ver nada” (A. Einstein). O Mistério não é o desconhecido, mas aquilo que fascina e instiga para conhecê-lo mais e mais.
A narração cria significado e identidade; cria comunidade! Não basta estar informado! Herodes, por exemplo, queria, segundo os relatos bíblicos, informações a respeito do ‘menino que nascera em Belém’, não para cuidar, promover, acompanhar, compartilhar, mas para matá-lo! O Natal narra algo inviolável: a sacralidade da vida humana.
Grande é nosso desejo de vida e de paz! No Natal a narração nos lança em um passado no qual, como crianças, também nós experimentávamos paz e proteção, amor e ternura, familiaridade e amizades! A verdade do Natal é narrativa que evoca o plano do Eterno para toda a humanidade, pro-voca a reflexão sobre a dignidade humana e con-voca homens e mulheres de boa vontade a assumir a tarefa de cooperar para a promoção do Reino de Deus e sua justiça, ou seja, cooperar para deixar o mundo um pouco melhor para as futuras gerações.
A narrativa do Mistério do Natal se expressa lá onde a vida é promovida e cuidada; lá onde pessoas cultivam paz e cuidado, amor e ternura.
Abençoado e Santo Natal!